terça-feira, 30 de agosto de 2011

Arbitragem: sem espaço pra chororô

Árbitros em ação na 4ª etapa do Circuito Carioca série C 2011


Quem acompanha minimamente o Beach Handball carioca sabe que a questão da arbitragem é um problema sistemático. Em quase toda etapa há sempre equívocos memoráveis e decisões questionáveis de todo o lado. As equipes e jogadores cansam de fazer críticas, às vezes construtivas, às vezes não, à qualidade dos árbitros e organização do evento. Tenho certeza que grande parte das reclamações tem muito fundamento. Falta de planejamento, de atualização, de coerência, de bom senso, de imparcialidade, de seriedade. Tudo isso e mais um pouco pode ser colocado na conta dos árbitros da FHERJ sem que alguma equipe se levante para defender a federação. Todos já se sentiram pelo menos alguma vez, gravemente prejudicados e, provavelmente, têm razão.

Mas... Quando a coisa está muito ruim, significa que tem muita coisa a melhorar e isso pode significar uma coisa boa. Porque o mínimo que se faça já é melhor do que o que veio antes. E assim, parece ter ocorrido na 4ª etapa do Circuito Carioca de Beach Handball - série C, no último sábado dia 27 de agosto. Na praia de Copacabana, o que se viu foram poucos momentos em que houve brecha para se contestar a atuação da arbitragem e da organização.

Não estou dentro da organização da competição para dizer se houve alguma mudança. Ainda que tenha sido por mero acaso, é interessante que a FHERJ olhe com cuidado para entender o que é que fez a etapa transcorrer sem grandes problemas. Foi simplesmente o nível de handebol mais baixo que faz com que não dependa tanto de detalhes? Foram os árbitros que foram escalados? Foi a postura dos atletas e equipes? Foi a ausência de rivalidade acirrada entre atletas e equipes? Foi a seriedade como foram conduzidas as partidas? Foi a ausência de "pressão" dos atletas, dirigentes e equipes de maior "nome"?

Claro que um ou outro lance de jogo sempre será contestado, pois a visão e a percepção dos árbitros é sempre diferente dos demais indivíduos dentro da área de jogo. Mas finalmente, parece que a arbitragem apresentou um sinal fundamental: DISCRIÇÃO. Isso significa que o handebol foi a estrela principal, que a performance das equipes foi fundamental para o resultado e não decisões dos árbitros. Quando os árbitros não são percebidos, significa que fizeram um bom trabalho.

É importante o CEPRAEA destacar a questão num momento em que não alcançou seu objetivo. É importante porque a equipe que vence normalmente esquece tudo o que passou e a que perde sai como "chorona". Não é esse o caso. Perdemos a final para a equipe de Três Rios. Efetivamente perdemos. Por mérito do adversário e por nossos erros e não os da arbitragem. E isso é digno de elogio.

Esperamos sinceramente que a FHERJ tenha identificado como foi que conseguiram essa boa atuação para que possa repeti-la. Temos um longo caminho a percorrer para melhorarmos, mas a luz no fim do túnel apareceu! Não vamos deixá-la se apagar!


domingo, 28 de agosto de 2011

Continue a nadar

Este texto pós etapa poderia ter diversos temas centrais. Assim, ao invés de apenas um, procurarei fazer diversos posts para contemplar cada um dos pontos interessantes da 4ª etapa do Circuito Carioca de Beach Handball - série C - que aconteceu ontem, sábado, 27/06/2011. Tratarei dos resultados e desempenhos das equipes na competição em si. Escreverei sobre os acertos (sim! acertos!) da arbitragem. Sobre a estreia de Felipe Pereira e as voltas de Davi e Cayo, este último de forma brilhante. Sobre a merecida volta da equipe de Três Rios à série B e o ponto positivo de se ter mais equipes disputando o campeonato. Sobre a dificuldade de ter encontro marcado todo mês com os próprios defeitos.

Começo, portanto, com um resumo de como se deram as disputas da série C. Num dia nublado, de temperatura agradável, a série que é o primeiro degrau para quem quer chegar ao topo, estava divida em dois grupos: A - equipes da capital; B - equipes de outras cidades. No primeiro grupo, enfrentaram-se CEPRAEA, Nasa e Ferreira Viana. No segundo, Paty, Itaguaí, Três Rios e Macaé. Verdade seja dita: o grupo do "interior" apresentou handebol de nível mais alto desde a fase de grupos, a partir da qual se classificaram CEPRAEA e Nasa do grupo A e Três Rios e Macaé do grupo B.

Nos coube enfrentar Macaé na semifinal. Perigosa, vibrante e entrosada, a equipe da "Cidade do Petróleo" nos deu trabalho e precisamos ir para a disputa de um contra o goleiro para passar à final. A expulsão de Wagner, depois de 2 exclusões, pesou na performance do nosso time. O placar foi apertado e, devemos admitir, poderíamos ter apresentado melhor desempenho durante a partida para evitar a decisão no shoot out. Não foi da forma ideal, mas passamos à final.

Diante da equipe de Três Rios, sabíamos que precisávamos melhorar em relação à partida anterior. Nosso adversário sempre se apresentou como um obstáculo complicado de ser ultrapassado na história dos confrontos e vinha apresentando bom handebol desde o início dessa 4ª etapa.

A final começou em ritmo lento para ambos os ataques e o primeiro set foi fechado em 12 x 07 a nosso favor. No intervalo, nosso pivô Ítalo, que se apresentou mais uma vez muito bem, alertou: "Os dois times entraram com pouca força de ataque! O placar foi baixo... Ainda não acabou! Precisamos melhorar!"

Os ataques melhoraram: 17 x 17. Mas a análise preliminar que faço é: poderia ser melhor. Seja devido ao cansaço, seja nervosismo, seja apatia, seja por "força do cosmo" ou qualquer outro motivo que precisa ser melhor investigado, nosso saldo poderia, devia e TINHA que ter sido melhor. Não foi. O empate levou o jogo para o gol de ouro e, ao perdermos a nova saída de bola, nos vimos dependentes de mais um milagre do nosso goleiro Cayo que, apesar do dia espetacular, não conseguiu evitar o gol do melhor chutador do time adversário para encerrar o set.

No um contra o goleiro, tivemos desempenho decepcionante e perdemos nada menos que os 3 primeiros arremessos. É pedir demais pra "São Cayo". Nosso goleiro ainda salvou a equipe defendendo um chute simples e permitindo a batida de mais um arremesso do CEPRAEA com Jonathan. Porém, na segunda tentativa para fechar o jogo, o central Bruno Verly arremessou no canto esquerdo. Cayo ainda tocou na bola, mas não foi suficiente para evitar a derrota.

Três Rios retornam à série B. CEPRAEA tem pelo menos mais uma série C pra disputar no próximo mês. Não apresentamos tudo o que poderíamos. E isso é frustrante. Mas diante do que vejo nos treinos, sei que estamos à beira de um salto de desempenho, com destaque para as recentes melhoras de Alex e Antonio, que voltaram a evoluir; para o desempenho de BC que parece ter voltado a ser o BC; para o retorno do nosso canhoto e líder Davi; para a chegada de Felipe Pereira que promete ser peça muito importante em breve; para a volta do goleiro Cayo de forma segura e fundamental para garantir nossa defesa.

Se tivéssemos vencido, continuaríamos trabalhando. Perdendo, continuaremos trabalhando. Fica a dica da personagem Dory do filme "Procurando Nemo": Continue a nadar, pra achar a solução. No escuro da série C, continuaremos a nadar pra achar a solução.

Novas perspectivas se abriram! Gente nova chegando, gente antiga voltando. Vamos acertar os ponteiros, colocar todo mundo no mesmo ritmo e chegaremos mais fortes!!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Quem é que sobe a ladeira?



"Quem é que sobe a ladeira do Curuzu?"
Na música "O mais belo dos belos" de Daniela Mercury, quem sobe a ladeira é bloco do carnaval baiano Ilê Ayê. Mas por que é que o CEPRAEA está falando disso??

No próximo sábado (27/08), a única pergunta que importará no posto 4 da praia de Copacabana será: quem é que vai subir da série C? Nessa 4ª etapa do Circuito Carioca de Beach Handball, o CEPRAEA vai encarar a amarga tarefa de disputar a última série do campeonato, na qual todas as equipes só querem saber de vencer todos os jogos. Está muito enganado aquele que pensa que nessa série os jogos são menos interessantes. Se a técnica ainda não é muito apurada, os times demonstram uma garra fora do comum para conseguir subir à série B.

Para estar novamente apto a alcançar seu objetivo de 2011 (disputar a série A), o CEPRAEA precisa retomar seu caminho no próximo final de semana. E o caminho não é fácil. A subida da última das séries até a série de elite é muito íngreme e precisará ser feita em uma velocidade alta, pois já estamos no meio da temporada e o tempo para a chegada ao topo em 2011 vai se esgotando.

Depois do desânimo pela saída das revelações Dyego (goleiro) e Daniel (defensor central) que vinham sendo fundamentais na evolução do grupo, as voltas do goleiro Cayo e do curinga Davi foram um verdadeiro alento. Contar com a volta de duas fortes lideranças se faz extremamente importante num momento de fragilidade.

Contando com esses bem vindos retornos, é hora dos atletas CEPRAEA fazerem todo a força necessária para aguentar o ritmo forte e a dificuldade imposta pela inclinação àqueles que desejam alcançar o ponto mais alto. É hora de saber quem suporta mais a dor, quem não para apesar do suor, quem não cede ao psicológico, quem emprega o esforço máximo, quem persiste até conseguir o que deseja.

Quem é que sobe a ladeira rumo à série A? Ainda não sabemos, mas sabemos que teremos mais força agora que estamos unidos novamente. A reintegração de atletas tão importantes para o grupo traz à lembrança o lema da moda: JUNTOS SOMOS MAIS FORTES. (bombeiros do Rio de Janeiro)

LADEIRA A CIMA, CEPRAEA!!